quarta-feira, fevereiro 10, 2010

“Porque Ele vive, posso crer no amanhã!”


Recentemente, li uma reportagem sobre as últimas catástrofes que vem acontecendo na Terra e do número de vítimas que elas causaram. Aconteceram catástrofes naturais, que são aquelas que o mundo sempre teve, como terremotos e furacões, e catástrofes causadas pelo elevado aumento de poluentes que são jogados na atmosfera, pelo elevado aumento da produção de lixo, e tantas outras ações irresponsáveis que praticamos todos os dias.


Uma dessas catástrofes, por exemplo, foram as enormes enchentes que aconteceram no Brasil nos últimos dias.
Além das milhares de vítimas fatais que elas causaram, há também o aumento do número de pessoas que são obrigadas a deixar seus lares em busca de sobrevivência. São os “Refugiados Ambientais”.


Um alerta a humanidade: pela primeira vez, os refugiados ambientais superam os que escapam da guerra. Em breve, milhões de pessoas terão de abandonar os lugares onde vivem por causa do aquecimento do planeta, metade em decorrência de catástrofes naturais, e o restante pela desertificação e aumento do nível do mar.

Calcula-se que cerca de 25 milhões de pessoas deixaram seus lares devido à secas, desertificação, erosão do solo, acidentes industriais e outras causas ambientais, em 2006! Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), até o fim de 2010 o mundo terá 50 milhões de pessoas obrigadas a deixar seus lares, temporária ou definitivamente, por problemas relacionados ao meio ambiente. Vamos mais além: até 2050, as mudanças climáticas podem levar 200 milhões de pessoas a abandonar suas cidades!


Imediatamente nos vem à mente a seguinte pergunta: O que podemos fazer a respeito deles? O que devem as autoridades fazer?
Creio que a maioria de nós considere um ser humano, mais importante que o dinheiro, por exemplo.

Pois bem... A cada dia fica mais difícil acompanhar os noticiários brasileiros. Já está ficando insuportável assistir ao “Horário Nobre” da TV. Vemos dinheiro em malas, bolsos, e na falta de lugar, na cueca e meia. Corrupção que não acaba mais! Tudo envolvendo dinheiro. Alguns até “oram” para agradecer o dinheiro e pedir pra Deus continuar “abençoando”. Graças a esses “evangélicos” que as igrejas protestantes hoje em dia estão cada vez mais desmoralizadas.


E nós assistimos a esses escândalos de corrupção, ficamos irados e envergonhados, e não fazemos nada! Temos as mãos atadas de certa forma: vamos fazer o que? Deixar de votar neles? Talvez. Mais só isso não basta. Também não temos ânimo nem tempo para organizar passeatas e protestos.

Então, se não podemos fazer nada a respeito de um problema aparentemente com menor grau de importância, como vamos ajudar aos “Refugiados Ambientais”? (Partindo do pressuposto de que o ser humano é mais importante que o dinheiro e conseqüentemente deve ter mais destaque que a corrupção, por exemplo.)


E o que as autoridades devem fazer? Eles já têm tantos outros problemas e interesses para se preocuparem... Nem vale a pena contar com elas.
No fim, somos todos refugiados. Lutamos todos os dias para não sofrermos algo e voltar inteiros para nosso abrigo, nossa casa. O que podemos fazer? O negócio é orar. “Mas livrai-nos do mal. Amém”

Mas... Não é bem assim!
Portanto, antes de pensarmos no que podemos fazer ou no que os outros poderiam fazer, lembremos do que Deus diz.

Gênesis 1:1 – “No princípio criou Deus os céus e a Terra”. Sabemos então que a Terra, apesar de ser nossa morada, é de Deus. Ele a criou, então ela é propriedade Dele.

Sabemos também que Ele é onisciente, onipotente e onipresente.
Para o Pastor Carlos Werther, “a chuva cai sobre justos e ímpios”. Ele declara: “Não estamos livres de passar por aflições, aliás, isso está na Bíblia.” Quando a violência cai sobre a família, o irmão tem sua vida ceifada por um trágico acidente, a enfermidade teima em não abandonar o corpo, o desemprego chega e a fé é provada pelo fogo, entendemos que o sofrimento é possível. Mas a fidelidade constante de Deus nos mostra que, mesmo no mais terrível sofrimento, Deus continua sendo Deus e nunca se ausenta.

Isso não significa que devemos ficar alheios ao sofrimento dos outros ou não ficarmos comovidos com a tragédia que acontece.

Mas devemos nos lembrar o que I Coríntios 10:13 diz: “Não veio sobre vós aflição, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará afligir acima do que podeis, antes com a aflição dará também o escape, para que a possais suportar”.
Filipenses 4:3 – “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Isaías 43:13 – “Agindo Deus, quem impedirá?”.

Para o Pastor José Jacó Vieiro, quando a pessoa cai ou sofre, Deus a levanta. A segurança não brota de emoções, mas de uma fé viva. “Não é a falta de tragédias que diferencia o povo de Deus, mas sim o poder do nosso Deus que nos faz prosseguir diante das dificuldades que a vida nos proporciona”.


É de chocar o que aconteceu no Haiti. Se pudermos enviar dinheiro, façamos isso. Se pudermos ajudar algum desabrigado aqui no Brasil, ajudemos. São galardões que teremos no céu. Devemos agir como o samaritano em relação ao nosso próximo. Mas sabendo “que nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis” Tudo isso acontece em decorrência da natureza pecaminosa e do egoísmo do homem, que vem lá no tempo de Adão e Eva.

O cientista James Lovelock, autor do livro “A Vingança de Gaia” (na mitologia Grega, Gaia é a deusa da Terra, com personalidade e natureza forte, pois gera sozinha Urano, Pontos e as Montanhas, daí o titulo do livro) diz que a deterioração ambiental que provocamos no mundo já passou do ponto de retorno e a civilização como conhecemos hoje, em breve deixará de existir.


Ainda bem que sabemos que estaremos bem longe daqui.
“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido.” Jó 42:1
O céu está chegando! E lá vai ser incomparavelmente melhor do que aqui, para todo o sempre!


Texto: Tito Ferreira

Um comentário:

Anônimo disse...

realmente muito esclarecedor esse artigo, estão de parabéns!